segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Animação do meu trabalho feita pela Agência de Comunicação Baobá.

 



Título: Embaixada em louvor a N. Senhora do Rosário e a S. Benedito
Técnica: Acrílica sobre tela
Ano: 2018
Tamanho: 40 x 40

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domingo, 22 de agosto de 2021

MANIFESTO NAIF DE QUIXELÔ

 

O MANIFESTO NAIF DE QUIXELÔ

A cidade de Quixelô localizada na região Centro sul do Ceará têm surgido como um

polo produtor de Arte Naif, assim como algumas outras cidades do Brasil.

 A Arte Naif é a produção artística oriunda do contexto popular. Popular porque é feita

pelo povo e para o povo. Naif não é, portanto, um mero qualificativo criado por acadêmicos

para separar essa produção das demais artes. De caráter figurativo, é perpassada por

elementos que envolvem o cotidiano e o imaginário humano. Apresenta cores e formas

atraentes que são, na grande maioria das vezes, simples e lembram em sua essência uma

pureza quase que infantil. Os desenhos, as formas da Arte Naif nos fazem lembrar muitas

vezes desenhos de crianças.

Entretanto, as obras Naif nos enganam esteticamente. Em geral, a aparência simples,

infantil esconde uma diversidade de técnicas, temas e mensagens riquíssimas. Cada Naif tem

sua própria forma de pintar. Alguns valem-se de recursos como luz, sombra e perspectiva para

elaborarem suas obras. Os materiais empregados na produção também são diversos, desde o

tradicional óleo sobre tela até materiais reutilizáveis. Boa parte dos Naifs usa tinta acrílica em

suas obras. Cada um possui estilo próprio devido ao fato de desenvolverem suas técnicas

muitas vezes na individualidade, o que torna essa modalidade artística fascinante de ser

apreciada e estudada. O Brasil é um dos principais países onde se produz essa arte no mundo.

Estamos grávidos, grávidos de arte, grávidos de Naif, do que foi, do que é e do que

vira a ser! O que temos hoje? Pouco ou quase nada do que poderíamos ter enquanto

modalidade artística, atribuo isso a um conformismo e uma falta de militância mais intensa.

Mas o Cenário começou a mudar quando os próprios artistas  começaram a produzir suas próprias mostras independentes 

Agora surge um novo momento na arte Naif Brasileira com mais oportunidades de expor.

Não nos dirão mais o que ser, mas nos definirão pelo que somos. Nossos espaços estão

se expandindo e a juventude reverenciará os velhos mestres sempre que possível. Pois, pouco

ouvimos falar de Heitor dos prazeres, que é Naif e Brasileiro; de Djanira da Motta e Silva,

José Antônio da Silva, Maria Auxiliadora e Poteiro, um exímio crítico das telas, todos esses

são nossos mestres nacionais.

Assim o somos, artistas contemporâneos, Esse nosso espaço não mais se pode negar,

foi conquistado com suor e lagrimas de muitas e muitos que vieram antes de nós. A canção da

imperatriz dizia: “liberdade, liberdade abra as assas sobre nós e que a voz da Igualdade, seja

sempre a nossa voz”.

Quero gritar e quando o quero fazer pinto ou escrevo como aqui vos faço. Esse é um

grito de existência, existência enquanto arte contemporânea.

O que é esse novo naif? Porque se opõe ao antigo?

É novo porque somos pioneiros, pois não creio que ninguém cria algo 100% inédito.

Aprendemos com o mundo, num amigo que opina, num livro, num site, num curso online e

etc. Aprendemos o tempo todo e com a arte não é diferente imitamos o que já vimos

consciente ou subconscientemente, a diferença é que as referências de algumas são mais

secretas que a de outros porem todos as tem. Dizia Salomão: “não há nada de novo debaixo

do sol”;

O Naif que agora temos se abre pra novos horizontes que às vezes são os velhos

primórdios, com o direito de ser mais detalhista, mais livre, mais refinado, sem deixar de ser

Naif. Somos agora também jovens, somos universitários, poderíamos até dizer que é uma

geração de Naifs universitários.

Convidamos o Naif a chamar a poesia, a literatura, a dança, o teatro, a performance,

enfim as demais artes para fazer uma grande festa, produzir Naif além da pintura e escultura.

Ser naif está na atitude e no auto reconhecimento.

Viva o novo, vive la vida, viva la Frida!

 Assinantes:

Alves, Arivanio (CE)

Costa, Mairla (CE)

Luiz, Leandro (CE)

Relbquy, Ruy (CE)

Sousa, Helton (BA)

Marinilda Boulay (SP)


Quixelô, Ceará 2020.

 

Quixelô, Ceará 2021.

  

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

São 182 artistas, nesta coletânea, residentes em 21 países provenientes da América, África, Ásia, Europa e Oceania com um único objetivo em comum: expressar-se neste momento de isolamento social, com a finalidade de promover uma ação solidária. O objetivo deste e-book é promover uma ação solidária para reverter os recursos para 3 Instituições: INSTITUIÇÃO PASTOS VERDES DE MOÇAMBIQUE INSTITUTO O BEM NUNCA PARA (Brasil) INSTITUTO JANERAKA Belém Pará (Brasil) Muitas pessoas que precisam da sua ajuda neste momento, agradecem.


São 182 artistas, nesta coletânea, residentes em 21 países provenientes da América, África, Ásia, Europa e Oceania com um único objetivo em comum: expressar-se neste momento de isolamento social, com a finalidade de promover uma ação solidária.
O objetivo deste e-book é promover uma ação solidária para reverter os recursos para 3 Instituições:
INSTITUIÇÃO PASTOS VERDES DE MOÇAMBIQUE
INSTITUTO O BEM NUNCA PARA (Brasil)
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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Varrendo o quintal


Técnica: OST / Tamanho: 27 x 35/ Ano: 2020

Critica feita por Oscar D' Ambrosio
Artista de convicção
A arte é uma resposta ao mundo. Perante aquilo que vê e se sente, o criador visual se posiciona de alguma maneira, transformando a sua percepção, por meio da técnica com a qual trabalha, em obras. O processo é repleto de nuances e de escolhas, sem respostas certas ou erradas, mas sempre marcadas pela convicção.
Convicção, na arte e na vida, está muito próxima da fé, não no sentido religioso, mas sim no de ter uma conexão profunda com o mundo que pode ser transmitida ao observador. Quando o tripé formado por artista, obra e público conversa, a arte se realiza plenamente, em comunhão estética.
É que ocorre com o trabalho de Ruy Relbquy, de Quixelô, CE. Um de seus méritos é a maneira como consegue distribuir aa cores, estabelecendo uma atmosfera em que as suas percepções de mundo e sentimentos são colocadas com franqueza, geralmente valorizando a vida rural e a importância de resgatar os valores que nos tornam seres humanos melhores.
Existe, em cada pincelada, o direcionamento para a consecução da pintura. Em “Varrendo o quintal”, as diversas tonalidades do vestido da figura central funcionam como uma síntese do que se encontra no quadro como um todo, o que distribui o nosso olhar carinhosamente pela pintura. Assim Ruy Relbquy, artista de convicção, nos presenteia com seu talento.
Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Coordena o projeto @arteemtempodecoronavirus e é responsável pelo site www.oscardambrosio.com.br