domingo, 28 de novembro de 2021
Caniços ao vento
domingo, 21 de novembro de 2021
Nua criação
O sentimento de inquietação, a busca e espera pelo fruto de nossa imaginação que virá à luz através de nossas mãos, bocas ou qualquer parte de nossos corpos que possa servir como ferramenta de construção. Esse sentimento de que nunca estamos nos entregando o suficiente, e que nos incita a querer se doar cada vez mais numa relação, muitas vezes passional, entre criador e criatura.
Meu estímulo artístico é inspirar o mundo que me cerca e expirá-lo em forma de arte.
domingo, 14 de novembro de 2021
sábado, 6 de novembro de 2021
"Universo onírico: melodia das flores"
Dimensões: 20 x 20
Técnica: Óleo s/b tela
Ano: 2020
A obra “Universo onírico: melodia das flores” retrata um universo onírico que lida com diversos elementos plenos de simbolismo que se articulam numa harmoniosa composição plástica, em que os tons azulados predominam.
A lua já é uma indução para uma penetração no céu da noite e nas esferas do inconsciente e do imaginário. É nesse espaço que a cena se realiza com toda a sua intensidade. Logo abaixo, estão as montanhas, cujas linhas são a preparação para uma região mais calma, a de um braço de água a nos tranquilizar.
A mulher que surge nessa sequência, regida por uma horizontalidade de cima para baixo, aparece tocando um violão e com os olhos fechados, indicando o poder da música de também induzir para caminhadas internas pela nossa mente, em uma espécie de profundo mergulho pelas nossas vontades e desejos.
O jarro de flores alude á cornucópia, que, na mitologia grega, era um vaso em forma de chifre com frutas e flores extravasando como símbolo de fertilidade, riqueza e abundância. No presente caso, a imagem nos traz a multiplicidade da capacidade de imaginar, podendo ser interpretada como um portal para um lírico universo onírico.
Descrição da obra feita por Oscar D’Ambrosio, jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Coordena o projeto @arteemtempodecoronavirus e é responsável pelo site www.oscardambrosio.com.br
sábado, 30 de outubro de 2021
"Colheita de milho"
"Colheita de milho"
Técnica: Acrílico s/b tela
Dimensões: 30 x 40 x 2 cm
Ano: 2021A obra retrata uma atividade econômica manual comum no nordeste brasileiro. Além de alimento, o milho também é uma fonte de renda. A obra ainda resgata valores culturais, sociais e econômicos de um povo.A minha concepção artística foi inspirada nas vivências e memórias.
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
sábado, 23 de outubro de 2021
"Colheita de feijão"
"Colheita de feijão"Técnica: Acrílico s/b telaDimensões: 30 x 40 x 2 cmAno: 2021A obra retrata uma atividade econômica manual comum no nordeste brasileiro. Além de alimento, o feijão também é uma fonte de renda. A obra ainda resgata valores culturais, sociais e econômicos de um povo.A minha concepção artística foi inspirada nas vivências e memórias. Em minha infância, acompanhava meus pais nas plantações e colheitas. Esse é um dos muitos momentos que mantenho vivo.
terça-feira, 19 de outubro de 2021
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
Animação do meu trabalho feita pela Agência de Comunicação Baobá.
Técnica: Acrílica sobre tela
Ano: 2018
Tamanho: 40 x 40
domingo, 22 de agosto de 2021
MANIFESTO NAIF DE QUIXELÔ
O MANIFESTO NAIF DE QUIXELÔ
A cidade de Quixelô localizada na região Centro sul do Ceará têm surgido como um
polo produtor de Arte Naif, assim como algumas outras cidades do Brasil.
A Arte Naif é a produção artística oriunda do contexto popular. Popular porque é feita
pelo povo e para o povo. Naif não é, portanto, um mero qualificativo criado por acadêmicos
para separar essa produção das demais artes. De caráter figurativo, é perpassada por
elementos que envolvem o cotidiano e o imaginário humano. Apresenta cores e formas
atraentes que são, na grande maioria das vezes, simples e lembram em sua essência uma
pureza quase que infantil. Os desenhos, as formas da Arte Naif nos fazem lembrar muitas
vezes desenhos de crianças.
Entretanto, as obras Naif nos enganam esteticamente. Em geral, a aparência simples,
infantil esconde uma diversidade de técnicas, temas e mensagens riquíssimas. Cada Naif tem
sua própria forma de pintar. Alguns valem-se de recursos como luz, sombra e perspectiva para
elaborarem suas obras. Os materiais empregados na produção também são diversos, desde o
tradicional óleo sobre tela até materiais reutilizáveis. Boa parte dos Naifs usa tinta acrílica em
suas obras. Cada um possui estilo próprio devido ao fato de desenvolverem suas técnicas
muitas vezes na individualidade, o que torna essa modalidade artística fascinante de ser
apreciada e estudada. O Brasil é um dos principais países onde se produz essa arte no mundo.
Estamos grávidos, grávidos de arte, grávidos de Naif, do que foi, do que é e do que
vira a ser! O que temos hoje? Pouco ou quase nada do que poderíamos ter enquanto
modalidade artística, atribuo isso a um conformismo e uma falta de militância mais intensa.
Mas o Cenário começou a mudar quando os próprios artistas começaram a produzir suas próprias mostras independentes
Agora surge um novo momento na arte Naif Brasileira com mais oportunidades de expor.
Não nos dirão mais o que ser, mas nos definirão pelo que somos. Nossos espaços estão
se expandindo e a juventude reverenciará os velhos mestres sempre que possível. Pois, pouco
ouvimos falar de Heitor dos prazeres, que é Naif e Brasileiro; de Djanira da Motta e Silva,
José Antônio da Silva, Maria Auxiliadora e Poteiro, um exímio crítico das telas, todos esses
são nossos mestres nacionais.
Assim o somos, artistas contemporâneos, Esse nosso espaço não mais se pode negar,
foi conquistado com suor e lagrimas de muitas e muitos que vieram antes de nós. A canção da
imperatriz dizia: “liberdade, liberdade abra as assas sobre nós e que a voz da Igualdade, seja
sempre a nossa voz”.
Quero gritar e quando o quero fazer pinto ou escrevo como aqui vos faço. Esse é um
grito de existência, existência enquanto arte contemporânea.
O que é esse novo naif? Porque se opõe ao antigo?
É novo porque somos pioneiros, pois não creio que ninguém cria algo 100% inédito.
Aprendemos com o mundo, num amigo que opina, num livro, num site, num curso online e
etc. Aprendemos o tempo todo e com a arte não é diferente imitamos o que já vimos
consciente ou subconscientemente, a diferença é que as referências de algumas são mais
secretas que a de outros porem todos as tem. Dizia Salomão: “não há nada de novo debaixo
do sol”;
O Naif que agora temos se abre pra novos horizontes que às vezes são os velhos
primórdios, com o direito de ser mais detalhista, mais livre, mais refinado, sem deixar de ser
Naif. Somos agora também jovens, somos universitários, poderíamos até dizer que é uma
geração de Naifs universitários.
Convidamos o Naif a chamar a poesia, a literatura, a dança, o teatro, a performance,
enfim as demais artes para fazer uma grande festa, produzir Naif além da pintura e escultura.
Ser naif está na atitude e no auto reconhecimento.
Viva o novo, vive la vida, viva la Frida!
Assinantes:
Alves, Arivanio (CE)
Costa, Mairla (CE)
Luiz, Leandro (CE)
Relbquy, Ruy (CE)
Sousa, Helton (BA)
Marinilda Boulay (SP)
Quixelô, Ceará 2020.
Quixelô, Ceará 2021.