“Salve o Cristo nazareno do sertão”, pintura mista a O.S.T e A.S.T, dimensões – 55,3 x 40,2 / ano 2018. A obra é uma releitura de uma das minhas primeiras
pinturas feita com tinta guache em papel madeira. Nessa segunda versão, ela
recebe elementos e cores diferenciadas. A proposta da obra é a seguinte: O Cristo crucificado aparece em pleno sertão
onde as longas estiagens assolam a vida do povo, mas as a fé do sertanejo é
maior que suas aflições. As preces feitas a Deus são atendidas e o sangue de
seu filho Jesus que do alto da cruz padece se transforma em água ao cair no
solo árido, saciando a sede e renovando a esperança. Na cena aparecem alguns
personagens como, o homem que leva o peixe para sua casa, uma mulher que de
joelhos agradece o milagre e outra que carrega sua vasilha com água. Em um dos lagos o jumentinho
(animal símbolo do Nordeste) sacia sua sede. Ao lado da cruz, dois urubus se alimentam dos restos da carniça que será
disputada pelo bando que no céu já se avista. Nos braços da cruz duas aves são
representadas, ao lado esquerdo uma acauã que, segundo a crendice popular traz
mau agouro, ao lado direito a nossa tão popular asa branca trazendo bons
presságios. A cima da cabeça do Cristo, a placa adornada com flores de mandacaru
recebe o título da obra, já baixo de seus
pés, flores do sertão.
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